terça-feira, 29 de novembro de 2011

BRIOZÁRIO



Microscópio revela 'rosto assustador' em minúsculo animal aquático
18/11/2011

Uma imagem feita com microscópio revelou um 'rosto assustador' no esqueleto de um minúsculo animal aquático, um briozoário, que vive em colônias e participa da construção de recifes.


Exposição destaca beleza em trabalhos científicos


Uma imagem feita com microscópio revelou um 'rosto assustador' no esqueleto de um minúsculo animal aquático, um briozoário, que vive em colônias e participa da construção de recifes. A fotografia faz parte da exposição "Incredible Inner Space", organizada pelo Centro de Pesquisa Microscópica e de Microanálise da Austrália David Salt, Universidade Nacional da Austrália

A fotografia faz parte da exposição "Incredible Inner Space", organizada pelo Centro de Pesquisa Microscópica e de Microanálise da Austrália, que destaca a beleza encontrada em trabalhos científicos realizados em uma rede de laboratórios e universidades ao redor do país.

Segundo os cientistas, além de belas, as imagens fazem parte de uma busca por conhecimento e contam uma história.

"A análise de materiais em escalas microscópicas e atômicas é fundamental em áreas como medicina, engenharia e arqueologia", dizem os organizadores.

A impressionante imagem do briozoário, por exemplo, faz parte de uma pesquisa de David Salt, da Universidade de Sydney, que analisa esqueletos atuais para poder identificar melhor as formas fossilizadas das criaturas aquáticas.

Os buracos no esqueleto servem para permitir que os alimentos cheguem até o animal que vive ali dentro.

COVARDIA



Com mil chimpanzés em laboratórios, EUA estuda mudar lei
23 de novembro de 2011

Muitos dos testes realizados em laboratório são dolorosos e os animais são mantidos em isolamento
Foto: The New York Times

Em uma jaula ao ar livre em forma de cúpula, dezenas de chimpanzés gritam. Os pelos das costas estão levantados. Segundo a Dra. Dana Hasselschwert, chefe de ciências veterinárias do Centro de Pesquisas de New Iberia, "isso é piloereção", um sinal de excitação emocional.

Ela pede aos visitantes que mantenham distância. Os chimpanzés costumam atirar pequenas pedras ou objetos mais perigosos quando ficam agitados.

A semelhança dos chimpanzés com os humanos os torna importantes para pesquisas, mas também gera muita solidariedade. Para os pesquisadores, esses animais podem significar a melhor chance de descobrir a cura de doenças atrozes. Para muitas pessoas, porém, eles são nossos parentes atrás das grades.

A pesquisa biomédica com chimpanzés ajudou a produzir a vacina contra a hepatite B e tem por objetivo produzir a vacina contra a hepatite C, que infecta 170 milhões de pessoas em todo o mundo. Contudo, há muito que os protestos contra essa pesquisa consideram-na cruel e desnecessária. Devido à grande pressão atual de organizações de defesa dos animais, a decisão judicial que porá um fim a este tipo de pesquisa nos Estados Unidos pode vir em um ano. Atualmente, apenas os Estados Unidos e outro país conduzem pesquisas invasivas com chimpanzés. O segundo país é o Gabão, que fica na África central.

Segundo Wayne Pacelle, presidente e diretor executivo da Sociedade Humanitária dos Estados Unidos, "este é um momento bastante diferente dos outros". "É o momento de tirar os chimpanzés da pesquisa invasiva e dos laboratórios", afirma.

John VandeBerg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa sobre os primatas do sudoeste, concorda que este é "um momento crucial". O centro é um dos seis laboratórios do país onde há chimpanzés. As diversas tentativas dos opositores "podem levar ao fim de toda a pesquisa médica com os chimpanzés", afirmou.

A sociedade e outros grupos pressionaram os NIH (Institutos Nacionais da Saúde) americanos para que fosse elaborado um relatório sobre a utilidade da pesquisa com chimpanzés, aguardado para este ano. A Sociedade Humanitária também se uniu ao Instituto Jane Goodall e à Sociedade para a Conservação da Vida Selvagem para elaborar uma petição ao Serviço de Fauna e Peixes dos Estados Unidos, na qual é declarado o risco de extinção dos chimpanzés em cativeiro, uma vez que os que vivem na natureza já estão ameaçados, oferecendo a eles mais proteção. A decisão é aguardada para setembro do ano que vêm.

Além disso, o Great Ape Protection and Cost Savings Act (Lei pela proteção e redução de custos com grandes símios) irá proibir o uso de todos os grandes símios nas pesquisas invasivas (incluindo bonobos, gorilas e orangotangos). O republicano Roscoe Bartlett, deputado pelo estado de Maryland, é um dos apoiadores da lei. Segundo Bartlett, a lei representará uma economia de US$ 30 milhões para o contribuinte, quantia que é gasta anualmente com os chimpanzés de propriedade do governo.

Segundo Pacelle, é alto o custo da pesquisa invasiva com chimpanzés, sendo que existem alternativas. Além disso, os procedimentos realizados são dolorosos e os animais são mantidos em isolamento, afirma. "Esta espécie está ameaçada de extinção e é a mais próxima dos humanos geneticamente", afirma. "Além disso, não devemos abusar de nosso poder", afirma.

VandeBerg, em contrapartida, afirma que suspender as pesquisas com chimpanzés representaria uma ameaça a vidas humanas. "A redução do índice de desenvolvimento de medicamentos para essas doenças significará a morte de centenas de milhares de pessoas, milhões de fato, devido a anos de atraso", afirmou. Se a pesquisa permite salvar vidas humanas, afirmou VandeBerg, "seria totalmente antiético não realizá-la", afirmou VandeBerg.

Maus-tratos
Os laboratórios de pesquisa dos Estados Unidos abrigam mil chimpanzés, e o Centro de Pesquisas de New Iberia é um deles. O centro pertence à Universidade de Louisiana em Lafayette, e ocupa 40 hectares do centro da Louisiana francesa ou acadiana, aproximadamente 210 km a oeste de Nova Orleans. Nele vivem 360 chimpanzés, sendo que 240 pertencem à universidade e 120 ao NIH, além de outros 6 mil primatas, a maioria da espécie macaco-rhesus.

A instituição foi acusada de maus-tratos no passado, sendo que foram descobertas e corrigidas algumas violações às normas de tratamento dos animais, de acordo com as inspeções do Departamento de Agricultura. Na última inspeção, ocorrida em julho, foram descobertos medicamentos para os animais com prazos de validade vencidos.

Em uma visita recente, verificou-se que alguns chimpanzés ficavam em cúpulas geodésicas de 10 m de diâmetro e outros em jaulas menores ao ar livre. Além destes, o doutor Thomas J. Rowell, diretor do centro, contou que um número inferior a 10 estava sob estudo ativo, em jaulas internas medindo 1,5 por 1,8 m e 2 m de altura. Os procedimentos práticos envolviam aplicação de injeções, retirada de amostras de sangue e biópsias hepáticas, as quais eram realizadas sob efeito de anestésicos.

Muitos estudos têm duração de apenas alguns dias, afirmou Rowell, mas alguns demoram mais tempo. Quase concluído, um estudo vinha sendo realizado há quatro meses. Rowell defendeu com entusiasmo o tratamento proporcionado aos chimpanzés no centro, enfatizando os cuidados veterinários e o empenho em melhorar a forma como vivem, tornando os ambientes do alojamento mais interessantes.

Histórico
Os chimpanzés são utilizados em pesquisas nos Estados Unidos desde a década de 1920, quando Robert Yerkes, professor de psicologia da Universidade de Yale, começou a leva-los para o país. Durante a década de 1950, a força aérea passou a reproduzi-los para o uso no programa espacial, a partir de 65 espécimes capturados na natureza. Os chimpanzés também foram procriados para serem usados em pesquisas da aids nos anos 1980, que não obtiveram avanços.

Em meados da década de 1970, o apoio à preservação de espécies ameaçadas de extinção havia aumentado, e a importação de chimpanzés retirados da natureza foi proibida. Nos anos 2000, foi aprovada uma lei federal exigindo a aposentadoria dos chimpanzés pertencentes ao governo após o fim de seu uso em experimentos. Foi inaugurado em Shreveport, na Louisiana, o Chimp Haven, um santuário nacional de chimpanzés, para dar assistência a esses a outros chimpanzés.

A tentativa de trazer de volta para a linha de pesquisa os chimpanzés semiaposentados do santuário Alamogordo Primate Facility, no Novo México, foi o que induziu em parte o recente aumento da oposição às pesquisas. O NIH queria transferir cerca de 200 de seus chimpanzés do Alamogordo para o centro de San Antonio, que pertence ao Instituto de Pesquisas Biomédicas do Texas. A Sociedade Humanitária intercedeu para evitar a transferência e o NIH cedeu, pedindo a realização de um relatório dos chimpanzés utilizados em experiências este ano ao Instituto de Medicina, um conselho consultivo.

O Chimp Haven é o potencial destino dos chimpanzés aposentados e possui atualmente 132 deles vivendo em um bosque de pinheiros de 80 hectares. Eles ficam alojados em uma variedade de jaulas e recintos cercados, incluindo um pátio de recreação a céu aberto, com 4 mil m² e envolto em muros de concreto, além de dois habitats de floresta, um de 16 e outro de 20 mil m², delimitados por um fosso e por cercas. Porém, os chimpanzés que estão nos centros de pesquisa, talvez nem saiam dali, mesmo após o fim dos experimentos. É possível que apenas fiquem ali, livres dos estudos invasivos.

Seja qual for a decisão, os pesquisadores e defensores dos chimpanzés sabem que eles representam uma pequena parte do total da pesquisa realizada com animais e do debate mais amplo. Segundo Kathleen Conlee, diretora sênior para questões de pesquisa animal da Sociedade Humanitária, a atual discussão em relação aos chimpanzés indica o caminho para o futuro.

"Este tipo de análise rigorosa deveria ser aplicada a toda a pesquisa com animais", afirmou.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O MAIOR CROCODILO DO MUNDO



Filipinas captura crocodilo de 6,2 m e tenta marca no Guinness
09 de novembro de 2011

Crocodilo foi medido oficialmente pela primeira vez desde setembro
Foto: AFP

Um pequena cidade filipina anunciou orgulhosa nesta quarta-feira que pretende entrar para o Guinness Book, o Livro dos Recordes. "Estamos felizes de anunciar que temos o maior crocodilo de todo o mundo", disse Apollo Canoy, membro do conselho da cidade de Bunawan. O réptil mede 6,2 m.

Até agora o título pertence a um crocodilo capturado na Austrália em 2008 que media 5,4 m. Contactadas pela agência AFP, autoridades do Guinness afirmaram já ter tomado conhecimento da captura nas Filipinas. Disseram ainda estar apenas aguardando mais detalhes sobre o animal para atestar que o recorde anterior foi quebrado.

O crocodilo filipino foi capturado após três semanas de caçada. A população local suspeita que pessoas foram mortas pelo réptil gigante, embora vestígios de seus corpos não tenham sido localizados no intestino do animal.

O crocodilo consome aproximadamente 17 kg de carne de porco a cada cinco dias e se tornou a principal atração turística da remota cidade de 27 mil moradores. Diariamente, cerca de 500 visitantes vão a Bunawan só para ver o animal de perto.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O CUCO LADRÃO



Foto de cuco roubando ovo de rouxinol vence competição
01 de novembro de 2011


A rara imagem de um cuco que havia acabado de roubar um ovo do ninho de um rouxinol foi a vencedora

Foto: GDT EWPY 2011

A rara imagem de um cuco que havia acabado de roubar um ovo do ninho de um rouxinol foi a fotografia vencedora do GDT European Wildlife Photographer of the Year 2011. Segundo os organizadores do concurso, a fotografia vencedora mostra um comportamento interessante com altíssimo nível estético.

Com décadas de experiência fotografando e filmando cucos, o autor da foto vencedora, Oldřich Mikulica, da República Tcheca, se diz fascinado pelas aves. "Por 25 anos, durante a época de procriação, eu vou até os lagos perto de minha casa para observar os cucos e rouxinóis", diz ele.

O cuco remove um ovo do ninho do rouxinol e coloca um de seus próprios ovos no lugar, já que ambos são quase idênticos. Especialistas explicam que como o cuco tem pouco tempo de gestação nasce antes dos outros passarinhos e, para ganhar espaço, joga os ovos do rouxinol para fora do ninho.

Os rouxinóis continuam a alimentar o cuco sem perceber a diferença. Ao chegar à maturidade, o cuco abandona o ninho. De acordo com Mikulica, é praticamente impossível que ele consiga registrar imagem semelhante novamente. A fotografia do cuco derrotou quase 14 mil imagens feitas por concorrentes de 39 países.