21/03/2015
Pika-de-Ili, mamífero 'fofinho' raro, é redescoberto em montanhas da China
Espécie foi descoberta em 1983 e foi vista raras vezes desde então.
Mesmo cientista que a descobriu conseguiu fotografar exemplar em 2014
Rara foto de exemplar de pika-de-Ili foi fotografado em 2014 pelo cientista Weidong Li no noroeste da China (Foto: Li Weidong/Wikimedia Commons)
O cientista Weidong Li, do Instituto de Ecologia e Geografia Xinjiang, na China, descobriu por acaso uma nova espécie de mamífero em 1983: a pika-de-Ili (Ochotona iliensis). O pequeno animal, encontrado pela primeira vez na cordilheira Tian Shan, no noroeste da China, tem uma peculiar aparência de bichinho de pelúcia fofo.
Desde sua descoberta, foram raras as vezes em que o mamífero foi visto. Em 2014, durante uma expedição à cordilheira Tian Shan, o mesmo cientista que descobriu a espécie conseguiu registrar em foto uma rara aparição de um exemplar. A história do raro bichinho das montanhas e seu descobridor foi publicada na edição de março da revista "National Geographic China".
Weidong Li partiu para as monhanhas em 2014 com alguns voluntários justamente para procurar exemplares da pika-de-Ili, segundo a revista. O exemplar típico do mamífero mede cerca de 20 cm, tem orelhas grandes e pêlo acinzentado com manchas marrons.
Um artigo publicado na revista científica "Oryx" por Weidong em 2005 fala sobre o possível declínio do número de exemplares de pika-de-Ili nos locais onde o animal havia sido visto anteriormente.
O autor recomendava que a espécie fosse classificada como ameaçada de extinção.
segunda-feira, 23 de março de 2015
quinta-feira, 12 de março de 2015
ADEUS PATINHO
12/03/2015
Em pleno voo, águia olha no olho de patinho que capturou; veja foto
Foto registra momento em que águia examina sua presa durante voo.
Imagem foi feita por morador da região de um parque estadual nos EUA.
Foto registra momento em que águia olha nos olhos de sua presa em pleno voo (Foto: Phil Lanoue/Caters News)
Uma foto impressionante registrou o momento exato em que uma águia abaixa sua cabeça em pleno voo para examinar a presa que havia acabado de capturar: um patinho aterrorizado.
O registro foi feito por Phil Lanoue, que mora perto do Parque Estadual de Huntington Beach, no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos.
"Eu vi a águia vir descendo e atingir a água. Fiquei ali por alguns segundos e sabia que ela estava tentando segurar alguma coisa em suas garras", disse Lanoue, de 60 anos. "De repente, a águia saiu da água com um patinho recém-capturado."
"Apenas não conseguia acreditar quando a águia olhou para o pato e o encarou bem nos olhos enquanto o coitado era levado embora", conta o fotógrafo.
CIENTISTAS DESVENDAM O SEGREDO DA MUDANÇA DE COR DOS CAMALEÕES
11/03/2015
Formas geométricas de cristais em células cutâneas refletem a luz de forma variada e permitem impressionantes trocas de cor, diz estudo suíço.
Camaleão macho da espécie Furcifer pardalis fotografado em Madagascar (Foto: Michel C. Milinkovitch/www.lanevol.org/Divulgação)
Pesquisadores suíços descobriram como os camaleões conseguem trocar de cor: os cristais existentes dentro de suas células cutâneas se reorganizam em diferentes formas.
Acreditava-se, até então, que a famosa habilidade do camaleão vinha de coletar ou dispersar pigmentos coloridos dentro de diferentes células.
Mas a nova pesquisa afirma que a coloração mutante vem de uma seleção de cristais.
Além disso, o animal tem uma segunda camada de células, que refletem luz e parecem ajudar o animal a resfriar seu corpo.
Répteis produzem suas cores de duas formas: têm células repletas de pigmentos de cores quentes ou escuras, mas azuis mais claros e brancos vêm da luz refletida em elementos físicos, como esses cristais - são as chamadas "cores estruturais".
Essas cores também podem ser mescladas: um verde vibrante pode surgir de um azul coberto de pigmento amarelo.
Camaleões macho podem mudar completamente de cor, quando veem um parceiro em potencial ou um adversário.
Publicado no periódico "Nature Communications", o estudo é uma colaboração ente físicos quânticos e biologistas da evolução na Universidade de Genebra.
Primeiro, eles perceberam que não havia células de pigmento amarelo ou vermelho que pudessem explicar as trocas de cor no animal. Os cientistas acabaram percebendo que cristais dentro de células específicas formavam padrões bastante regulares - criando cores.
Luz
Captura aconteceu num piscar de olhos.
(Foto: Caters)Captura aconteceu num piscar de olhos. (Foto: Caters)
"Quando você observa com olhos de físico, você sabe que isso (os cristais) terão um efeito na luz", diz um dos autores, Michel Milinkovitch.
Ele e seus colegas passaram a investigar, então, se esses cristais poderiam explicar não apenas as cores fortes do camaleão, mas as mudanças dessas cores.
Milinkovitch explica que as formas geométricas adotadas pelos cristais mudavam quando o camaleão queria, por exemplo, se exibir diante de outro macho. O efeito final é o de um "espelho seletivo".
A luz passa pelos cristais e reflete cores de acordo com a distância entre as camadas de cristais. "Se a distância entre as camadas é pequena, reflete pequenos comprimentos de onda como azul; se a distância é maior, reflete comprimentos de onda maior, como vermelho", diz Milinkovitch.
E, ao retirar uma amostra de pele, os cientistas conseguiram eles próprios alterar os formatos dos cristais: colocando-os em água salgada e tirando os fluidos dela, eles reproduziram uma mudança de cor semelhante à ocorrida nos camaleões.
Sob a camada de células com cristais geometricamente organizados, os cientistas descobriram uma camada adicional, onde as células são muito maiores e desorganizadas, capazes de melhor refletir a luz. Acredita-se que possa ter a função de refletir a luz do sol e manter baixas as temperaturas do corpo do camaleão.
E essas diferentes camadas parecem ser uma particularidade dos camaleões, não observada em outros répteis.
Milinkovitch diz que os "camaleões inventaram algo completamente novo na evolução" com essa divisão de camadas, sendo uma especializada em mudar de cor e a outra, em reduzir a quantidade de energia absorvida pelo animal.
Devi Stuart-Fox, especialista em coloração animal e professor da Universidade de Melbourne (Austrália), se disse impressionada com o estudo suíço.
"Sabemos que outros lagartos mudam de cor ao mudar o tamanho e espaço entre os cristais, mas essa pesquisa é a primeira demonstração disso em camaleões, e o faz de forma muito convincente".
quarta-feira, 11 de março de 2015
UM PEIXE DE VIDA CURTA
Um peixe de vida curta ajuda as pesquisas contra o envelhecimento
11/03/2015
Peixe-anual com cinco meses de vida mostra sinais de envelhecimento semelhantes aos de seres humanos. Essa espécie, conhecida também como peixe-nuvem não vive mais do que alguns meses, oferecendo aos pesquisadores uma maneira mais rápida de aprender mais sobre a mecânica do envelhecimento
O peixe-anual (ou peixe-nuvem) turquesa vive em um mundo passageiro: os lagos que aparecem apenas durante a estação chuvosa do oeste da África.
Quando novos lagos se formam, os ovos do peixe-anual enterrados na lama acordam de sua animação suspensa. Eclodem e, em apenas 40 dias, os peixes crescem até o tamanho normal, cerca de 6,5 centímetros. Os peixes se alimentam, cruzam e botam ovos. Quando o lago seca, todos já morreram.
Mesmo quando as pessoas os mimam em aquários, os peixes-anuais turquesa sobrevivem apenas alguns meses, colocando-os entre os vertebrados com menor tempo de vida. Por isso esses peixes não parecem os melhores animais para se estudar quando a ideia é descobrir os segredos de uma vida longa.
No entanto, pesquisadores estão descobrindo que esses peixinhos envelhecem de maneira parecida com a nossa, apenas muito mais rapidamente. "É um tempo de vida comprimido", explica Itamar Harel, pesquisador pós-graduado da Universidade Stanford. Recentemente, Harel e seus colegas desenvolveram um conjunto de ferramentas para investigar a biologia do peixe-anual turquesa.
As pessoas mais velhas parecem um foco mais lógico para os cientistas que procuram descobrir os mecanismos do envelhecimento, mas o progresso pode ser lento.
"Quem tem 70 anos para estudar o processo de envelhecimento de alguém?", pergunta Sarah J. Mitchell, pesquisadora e pós-doutorada do Instituto Nacional de Envelhecimento.
Em vez disso, os cientistas procuraram os segredos do envelhecimento em vários modelos de animais. Mas nenhum imitava perfeitamente o que acontece com os humanos.
Sarah estuda ratos, que vivem de três a quatro anos. Usando os animais, aprendeu como os genes se tornam mais ou menos ativos com a idade e conseguiu testar várias drogas que os fizeram viver mais. No ano passado, ela e seus colegas mostraram que um composto chamado SRT1720 aumenta o tempo de vida dos ratos em 8,8% em média, ao mesmo tempo em que melhora a saúde dos animais.
Mas, mesmo os ratos, que vivem pouco, podem atrasar a pesquisa sobre o envelhecimento. Assim, alguns pesquisadores focaram em um pequeno verme nematoide chamado Carnorhabditis elegans, que alcança uma idade avançada em poucas semanas. Os cientistas descobriram que genes que influenciam seu processo de envelhecimento também funcionam em humanos.
Em 2004, quando Anne Brunet chegou à Universidade Stanford como professora assistente de genética, começou a estudar ratos e vermes. Mas achou que alguma coisa estava faltando. Apesar de os vermes crescerem rapidamente, não podiam responder a algumas de suas mais importantes perguntas sobre idade. Uma delas, por exemplo, é que, como não têm esqueleto, não há como aprender por que os ossos ficam quebradiços.
Então um aluno da universidade lhe falou sobre o peixe-anual turquesa. Depois que a espécie foi descoberta em 1968, os cientistas encontraram muitos paralelos entre sua maneira de envelhecer e a dos humanos.
Peixes-anuais velhos perdem massa muscular, como nós. As fêmeas param de produzir ovos férteis. O sistema imunológico titubeia. Sua capacidade de aprender coisas novas também diminui no final da vida.
Em 2006, Anne começou a montar um time de pesquisadores de pós-doutorado e alunos de graduação para estudar o peixe-anual turquesa em mais detalhes. Porém uma série de problemas atrasou a pesquisa por anos.
Uma infecção por parasitas matou todos os peixes que eles tinham, por exemplo; depois de uma limpeza completa do laboratório, os cientistas tiveram que começar do nada.
Assim que os pesquisadores descobriram como manter os animais felizes, a equipe de Anne focou no trabalho científico. Eles sequenciaram todo o genoma do peixe-anual turquesa, identificando vários genes conhecidos por influenciar o processo de envelhecimento em outras espécies, incluindo ratos e humanos.
Então Harel construiu as ferramentas moleculares que a equipe utilizou para mexer com os genes dos peixes. Usando uma nova técnica chamada Crisps, criou tesouras moleculares que conseguem recortar qualquer pedaço do DNA do peixe-anual e trocar por outro.
Para testar essas ferramentas, Harel e seus colegas estudaram um gene chamado TERT, que protege o DNA para que não se desgaste e rasgue. Ele codifica uma proteína que ajuda a construir uma cobertura, chamada telômero, no final das moléculas de DNA.
Como pontas plásticas no final de cadarços, os telômeros não deixam que o DNA desfie. Quando as células se dividem, seus telômeros ficam mais curtos, e essa mudança provavelmente tem um papel no processo de envelhecimento, mas como isso acontece ainda é um mistério.
Harel e seus colegas tiveram sucesso em alterar o gene TERT para que o peixe não fizesse mais a proteína. Os animais transformados desenvolveram embriões normalmente, mas, quando adultos, sofreram com uma série de defeitos.
Os machos se tornaram quase que totalmente inférteis, enquanto que as fêmeas produziram uma quantidade menor de ovos. As paredes de seus intestinos se atrofiaram, e eles fizeram menos tipos de células do sangue.
Esses resultados intrigaram os pesquisadores. De um lado, as mudanças observadas nos peixes eram parecidas com algumas que os humanos passam ao envelhecer. Mas os peixes não morreram mais rapidamente do que aqueles que tinham os genes TERT funcionando.
Anne ficou entusiasmada por conseguir esse tipo de resultado tão rapidamente. "É um daqueles momentos marcantes na ciência", afirma. No mês passado, Anne e seus colegas publicaram suas descobertas no jornal "Cell".
Anne tem planos de fazer experiências com genes de peixe-anual turquesa envolvidos no envelhecimento de outras espécies e depois procurar por genes importantes no processo que podem ter sido ignorados em animais de vida mais longa.
Os pesquisadores também esperam testar tratamentos antienvelhecimento nos peixes. Mesmo uma droga que proporciona duas semanas extras de vida pode mostrar o caminho para um composto que aumente a vida dos humanos em anos.
"Espero que abra as portas para nosso laboratório e para outros", diz Anne.
quinta-feira, 5 de março de 2015
POR QUE OS GATOS RONRONAM?
Várias pesquisas já tentaram explicar o que está por trás do ronronar dos gatos e, embora os resultados sejam diversos, uma coisa é certa: esse ruído é uma forma de comunicação. E não apenas para manifestar prazer -- mas também fome, medo ou necessidade de aconchego.
"A teoria mais aceita é que o ruído é uma forma de os filhotes se comunicarem com a mãe ou com os irmãos de ninhada", conta o especialista em felinos Carlos Alberts, professor de zoologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) - campus de Assis (SP).
Para ele, o ronronar pode ser interpretado como uma forma de os gatos dizerem "Mamãe, eu preciso de você!", ou "Mamãe, eu adoro ficar com você...". De onde se conclui que é mais ou menos assim que os bichanos enxergam seus donos -- como a figura materna.
Um dos fatos que reforça a teoria, de acordo com Alberts, é que gatos selvagens não ronronam para humanos, e nem mesmo para indivíduos da mesma espécie que não sejam a progenitora ou os companheiros de útero.
De acordo com o professor da Unesp, a capacidade de se comunicar dessa forma seria algo próprio apenas de filhotes, mas que, com a domesticação, acabou sendo perpetuada pelo resto da vida. Afinal, gatos de todas as idades se comportam como crianças felinas, que não precisam sair para caçar.
Manipulação
Uma pesquisadora da Universidade de Sussex, no Reino Unido, era acordada todas as manhãs por seu gato de estimação com um ronronar insistente para pedir comida. Conversando com outros amigos que tinham o mesmo problema, Karen McComb decidiu investigar os motivos que levam esses bichos a emitir o ruído.
A resposta, publicada por McComb em um artigo no periódico "Current Biology", há alguns anos, não chegou a surpreender amantes de gatos. Segundo ela, um ronronar com frequência mais baixa é utilizado pelos bichos para manipular os humanos, a fim de que eles supram suas necessidades.
Como costumam obter resposta dos donos, a chance de usarem o recurso com diferentes objetivos aumenta. Por isso, pesquisas que seguem a mesma linha de McComb apontam semelhanças entre o som dos gatos e choro dos bebês.
Gatos e cia
Os gatos não são os únicos animais a ronronar. Segundo o professor da Unesp, essa é uma característica de todos os felinos "pequenos", pertencentes à subfamília Felinae, da qual também fazem parte a jaguatirica e outros maiores, como o puma, por exemplo.
Já felinos de grande porte, como leões e tigres, da subfamília Pantherinae, não ronronam. Por outro lado, conseguem rugir, embora os sons tenham objetivos bem distintos. "O rugido é uma forma de dizer 'Este território é meu'", diz Alberts. E esses animais capricham na mensagem: é o som de origem orgânica mais alto da natureza, de acordo com o especialista.
Baseados em exames, os cientistas hoje sabem que o ronronar é produzido por contrações rítmicas dos músculos da laringe e do diafragma, mas é diferente da vocalização. As vibrações podem ser feitas quando o animal inspira ou expira, e sentidas como um motorzinho por quem lhe toca o tórax.
Cada gato tem seu próprio padrão, com frequência que costuma variar entre 25 e 150 Hz. Para um veterinário que tenta auscultar o bichano, a tarefa fica praticamente impossível se ele estiver ronronando, o que não é incomum por se tratar de uma situação de estresse. E esse problema já foi alvo até de um trabalho científico, publicado em 2013 no "Journal of Small Animal Practice", que sugere uso de sprays à base de etanol antes do exame.
Alguns estudos divulgados pelo instituto de pesquisas Fauna Communications, uma entidade sem fins lucrativos, ainda indicam que as frequências do ronronar são úteis para curar fraturas e aliviar a dor dos pequenos felinos. Mas tudo isso ainda é só hipótese. Por enquanto, só o que os donos de gatos podem fazer é curtir o barulhinho e tentar adivinhar o que ele quer dizer.
terça-feira, 3 de março de 2015
O VÔO DA DONINHA
03 d3 março de 2015
Flagra em um parque de Londres, na Inglaterra, registra o momento em que um furão se agarra nas costas de um pica-pau, que decolou no susto e levou o mamífero consigo. Depois de voar por alguns metros e lutar pela vida, o pássaro aterrissou junto com o furão. Em entrevista ao jornal britânico "The Telegraph", o fotógrafo amador Martin Le-May, que estava com sua esposa no parque, disse o mamífero se distraiu quando viu o casal e desapareceu na vegetação. "Eu acho que a nossa presença, talvez a 25 metros de distância, momentaneamente distraiu a doninha", afirmou. O pica-pau saiu ileso e pousou em uma árvore Martin Le-May/Reprodução
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