terça-feira, 23 de junho de 2015

OLHO GORDO


Cobra enorme morre após devorar porco-espinho em reserva africana
Caso ocorreu em reserva na província sul-africana de KwaZulu-Natal.
Píton morreu devido aos ferimentos internos provocados pelos espinhos.


23/06/2015

Uma cobra enorme morreu após devorar um porco-espinho em uma reserva na província de KwaZulu-Natal, na África do Sul. Segundo o usuário "BigDeadPixel", que publicou as fotos na rede social Reddit, a píton-africana (Python sebae) morreu um dia depois de devorar o porco-espinho devido aos ferimentos internos provocados pelos espinhos da presa.

Cobra enorme morreu após devorar porco-espinho em reserva sul-africana (Foto: Reprodução/Reddit/BigDeadPixel)
Píton morreu por causa dos ferimentos internos provocados pelos espinhos da presa (Foto: Reprodução/Reddit/BigDeadPixel)
Outra foto mostra a píton ainda viva após devorar o porco-espinho (Foto: Reprodução/Imgur/)

sábado, 20 de junho de 2015

NOVA ZELÂNDIA TENTA SALVAR O KIWI


Nova Zelândia vai gastar R$ 25 milhões para salvar pássaro kiwi de extinção
População de ave símbolo do país vem caindo desde a introdução de predadores não naturais por humanos.

20/06/2015

A Nova Zelândia vai gastar o equivalente a R$ 25 milhões para tentar salvar a ave símbolo do país, o kiwi, da extinção.
saiba mais

Veja nascimento de pássaro kiwi em 'berçário' da espécie na Nova Zelândia

Ambientalistas neozelandeses elogiaram a iniciativa do governo diante da queda preocupante da população do animal.

A ministra da Preservação, Maggie Barry, afirmou, por outro lado, que mais medidas são necessárias para salvar o "famoso e precioso" pássaro, um símbolo da identidade nacional do país, informou a emissora local TV3.

"Se não fizermos nada agora para frear essa queda, poderemos perder o kiwi para sempre", disse ela ao jornal New Zealand Herald.

Os kiwis, uma ave que não voa, estão sob risco de extinção por causa da introdução de predadores não naturais pelos humanos, como arminhos, doninhas e furões. Segundo o governo, parte do novo financiamento será gasto em armadilhas para capturar esses animais.

Os cachorros também vêm contribuindo para a morte dos kiwis - cerca de 27 morrem por semana.

No ano passado, o Ministério da Preservação do país informou que no ritmo atual de queda da população dos kiwis, a ave poderia ser extinta da Nova Zelândia em alguns anos.

De acordo com uma entidade protetora desses animais, o financiamento extra fará parte de uma "batalha para salvar o pássaro nacional". A instituição formou 90 mutirões de voluntários para ajudar no combate contra a extinção do animal.

"Esses grupos estão fazendo uma grande diferença e nós sabemos que, onde o trabalho vem sendo feito, a população de kiwis está aumentando", afirmou Michelle Impey, do Kiwis for Kiwi Charity.

Outro ambientalista, Matthey Lark, afirmou à BBC que há pouco mais de 8 mil kiwis selvagens na Nova Zelândia.

Segundo Lark, o dinheiro que o governo vai disponibilizar permitirá investir em projetos para aumentar a população das aves. Uma das soluções, disse ele, seria migrá-las para ambientes mais isolados, com menos predadores.

"Parece que o governo finalmente ouviu o nosso pleito e decidiu tomar uma atitude. Trata-se de uma grande notícia para os kiwis", afirmou.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

O SAPO NÃO LAVA O PÉ...PORQUE ESTÁ DENTRO DO OUTRO SAPO.

Imagens obtidas em pesquisa na Alemanha revelam corpo intacto de sapo dentro de outro (Foto: Thomas Kleinteich/Universidade de Kiel)

17/06/2015

Tomografia revela 'sapo que engoliu sapo'
Imagens em 3D de anfíbio encontrado dentro de outro dão indícios sobre a vida e a morte de cada um.


Elas parecem ser as imagens de uma maleta em formato de sapo passando pelo raio-X da segurança de um aeroporto. Mas esses modelos em 3D revelam os detalhes de uma vida e uma morte extraordinárias.

Indicado pela cor vermelha está um sapo inteiro, completamente enrolado dentro do estômago de seu predador – outro sapo.

A pata traseira esquerda da presa se projeta para fora do esôfago do sapo comilão, um sapo-boi (Ceratophyrs ornata), enquanto seu pé pousa sobre a língua do predador.

As imagens revelam, literalmente, um sapo que engoliu um sapo.

‘Ossos onde não deve haver ossos’
Elas também marcam uma intrigante história de descoberta sobre a vida e a morte de um exemplar de sapo-boi que provavelmente tinha o olho maior que a barriga.

Essa descoberta acidental foi feita por Thomas Kleinteich, do Instituto de Zoologia da Universidade de Kiel, na Alemanha. Ele gerou modelos 3D de animais por computador usando um microaparelho de tomografia computadorizada, que funciona de maneira semelhante aos equipamentos médicos, mas é projetado para investigar objetos pequenos.

"Antes de ter uma visão em 3D do espécime, percebi em uma imagem 2D que havia algo estranho com esse animal. Ele tinha ossos onde não deveria haver ossos", conta o cientista. "Não demorei a entender que ele tinha engolido outra espécie de sapo."

Os sapos-boi ou sapos-de-chifre, encontrados na América do Sul, são parte da atual pesquisa de Kleinteich, que se concentra na adesão da língua dos anfíbios – ou como a língua de sapos e lagartixas consegue colar em suas presas.

A pesquisa cobre dois aspectos principais: a anatomia da língua e as forças com que ela consegue "puxar" os objetos para a boca antes de o contato se perder.

"Para a questão anatômica, eu uso exemplares que pertencem a coleções de museus porque essas instituições têm recursos para conseguir espécies diferentes de todas as partes do mundo", explica Kleinteich.

O animal aqui retratado é um sapo-boi que faz parte do acervo do Museu de Zoologia de Hamburgo.

Mas, fora a última ceia desse espécime, pouco se sabe sobre ele. O vidro de formol que o continha, e que normalmente deveria trazer os detalhes sobre a data de coleta e as circunstâncias de sua morte, não apresentava um rótulo.

‘Pac-Man’ de mordida forte

Sapos dessa família são famosos por duas coisas: por seus hábitos alimentares e por não terem medo de nada. Quando se sentem ameaçados, esses animais não hesitam em se defender, saltando sobre seu potencial agressor e dando-lhe uma dolorosa mordida, independentemente de seu tamanho.

Suas bocas enormes, que respondem por praticamente metade do tamanho de seus corpos, possuem várias pequenas projeções ósseas que se parecem com dentes.

Eles também têm um apetite voraz: tentam comer qualquer coisa que eles julguem caber em suas bocas e, ao que parece, outras que não cabem.

Todas as oito espécies de sapos-de-chifre do gênero Ceratophyrs são predadores de emboscada e passam a maior parte do tempo esperando para que a refeição cruze seu caminho. Mas alguns são capazes de apressar o processo.

"Às vezes, eles fingem que seus dedos são minhocas para atrair presas para perto de sua boca", afirma o zoólogo, que já filmou outras espécies do gênero fazendo isso em cativeiro.

Popular entre criadores de animais de estimação exóticos, o sapo-boi ganhou o apelido de "sapo Pac-Man" entre seus donos por causa de sua fama de glutão – uma homenagem ao personagem de videogame dos anos 80 que saía comendo tudo o que via pela frente.

Por isso também, a dieta desse anfíbio é bem variada, incluindo aranhas, insetos, caranguejos, minhocas e até animais maiores, como cobras, lagartos, roedores e outros sapos.

Estudos anteriores realizados por Kleintech demonstraram que a língua de um sapo-boi pode suportar uma enorme força contrária, o que o ajuda a vencer essas grandes presas.

"Em tese, você pode pendurar um sapo desses no teto suspenso apenas por sua língua", afirma o cientista.
Apelidado de 'Pac-Man', sapo-boi pode comer até cobras e roedores (Foto: Thomas Kleinteich/Universidade de Kiel)

‘192 hambúrgueres de uma só vez’

Na realidade, descobrir que este sapo-boi engoliu outro sapo menor não é muito raro, mas há algo estranho em relação a esta dupla em particular.

Depois da descoberta revelada pela tomografia, Kleinteich dissecou o corpo do sapo e observou detalhes ainda mais interessantes, que ele relatou em um artigo na revista científica Salamandra.

A presa está praticamente intacta, o que indica que a digestão nem começou. Isso sugere que o predador morreu logo depois de ter engolido o sapo menor.

Kleinteich identificou a presa como sendo um filhote de rã da espécie Lithobates pipiens. O problema é que essa espécie é típica da América do Norte e não convive na natureza com o sapo-boi, o que sugere que ambos os animais viveriam em cativeiro.

A presa ocupava 21% do volume total do sapo-boi e tinha um peso equivalente a 25% do de seu predador – quase a mesma coisa que um homem médio comer 192 hambúrgueres de uma só vez.

Será, então, que foi esse apetite voraz que acabou com a vida do sapo-boi?

Kleinteich acredita "ser possível", mas ressalta que ele não é um especialista em "veterinária forense" e que não sabe de onde o espécime veio.

"Imagino que, como o pé (da presa) ainda estava dentro da cavidade oral do sapo-boi, isso pode ter dificultado a respiração do predador de maneira a matá-lo", explica o zoólogo.

"No entanto, os sapos têm um metabolismo bem baixo e conseguem fazer boa parte da troca de oxigênio pela pele. Eles conseguem sobreviver por várias horas com uma presa na boca. Então, outra coisa pode ter provocado sua morte", conclui.

Infelizmente, nunca saberemos ao certo se este sapo-boi tinha o olho maior que a barriga e acabou se empanturrando além da conta. Mas a história serve para mostrar como os cientistas ainda estão revelando os segredos contidos nos animais guardados em museus de todo o mundo.

terça-feira, 16 de junho de 2015

A ARANHA "EXTINTA"

Últimos registros de espécie datavam de 1898 e 1912; descoberta foi feita por voluntários durante levantamento de borboletas (Foto: BBC)

16/06/2015

Aranha 'extinta há 100 anos' é flagrada no Reino Unido
Últimos registros de espécie datavam de 1898 e 1912; descoberta foi feita por voluntários durante levantamento de borboletas.


Uma espécie de aranha considerada extinta há 100 anos foi flagrada no Reino Unido.

Segundo a entidade de preservação RSPB, a Hypsosinga heri já havia sido removida da lista de espécies britânicas.

Mas voluntários flagraram duas aranhas fêmeas entre flores na reserva natural do Lago Radipole em Weymouth, no condado de Dorset, no sudoeste da Inglaterra, durante um levantamento de borboletas.

Os últimos registros da espécie datavam de 1898 e 1912.

Em ambos os casos, as aranhas haviam sido vistas perto de Ely, no condado de Cambridgeshire, na região central da Inglaterra.

As novas descobertas foram feitas meses atrás. Os voluntários estavam concluíndo um levantamento de borboletas no Lago Radipole quando notaram "duas aranhas muito pequenas e coloridas no meio das flores".

Eles tiraram fotos, e a descoberta foi posteriormente confirmada pela Sociedade Aracnológica Britânica.

Somente aranhas fêmeas foram flagradas até agora.

Allan Neilson, voluntário da RSPB, afirmou que mais fêmeas foram vistas perto da reserva Lodmoor desde os primeiros registros. "Agora a grande pergunta é: onde estão os machos?", brincou ele.

domingo, 14 de junho de 2015

OS ELEFANTES TEM MESMO BOA MEMÓRIA?



Eles são os maiores mamíferos terrestres que existem no nosso planeta, chegando a pesar sete toneladas. Não é à toa que são lembrados sempre que alguém quer enfatizar que algo é grande. Mas não é (só) por isso que, quando queremos dizer que uma pessoa não se esquece de nada, usamos a expressão "memória de elefante".

Esses enormes animais são gregários e cada grupo de até cerca de 100 indivíduos é liderado por uma fêmea mais velha, a "matriarca". Elas são duronas e chegam a expulsar os jovens machos que atingem a maioridade sexual e deixam de respeitar a hierarquia.

Sem ajuda do "macho-alfa", a matriarca tem de arcar com muitas responsabilidades: "A fêmea que lidera o grupo tem como uma de suas obrigações memorizar os locais onde existe água nos tempos de seca e alimento, para garantir o bem-estar do grupo", conta a bióloga Flávia Taconi, da Fundação Parque Zoológico de São Paulo. É daí, segundo ela, que nasceu a expressão famosa sobre a memória desses animais.

Estudos sugerem que essa e outras informações são passadas para os outros membros do grupo por meio de infrassom, ou seja, ondas sonoras com frequência inferior a 20 hertz e, portanto, inaudíveis para os seres humanos.

"Essa habilidade de memorização espacial foi moldada ao longo do tempo pelas experiências de vida dos indivíduos, adaptando-se às condições ambientais para sobrevivência e perpetuação da espécie", continua a bióloga.

"Os elefantes acumulam e retêm o conhecimento social e ecológico , e eles se lembram por décadas dos aromas e das vozes de indivíduos de outras rotas migratórias, de lugares especiais e de habilidades apreendidas", ensina um artigo enviado a pedido do UOL por Petter Granli, da ONG ElephantVoices, voltada para a conservação desses animais.

O texto cita o exemplo de uma integrante da ONG chamada Joyce Poole, que, em meados de 1980, estabeleceu uma relação de "amizade" com um jovem elefante macho chamado Vladimir. Ao estacionar o carro, ele vinha até a janela do veículo e permitia que ela tocasse seu tronco e suas presas. Eles fizeram isso diversas vezes ao longo de cinco anos. Por uma série de razões, ambos ficaram sem se encontrar por 12 anos. Depois desse período, Poole reencontrou o animal, mas ficou na dúvida se aquele macho envelhecido era mesmo Vladimir. Já o elefante não teve dúvidas de que se tratava da "amiga": foi logo até o carro e se esfregou para que ela abrisse a janela e lhe tocasse.
Inteligência

Se a boa memória é algo que as pessoas comumente associam aos elefantes, quem entende desses animais não hesita, também, em destacar sua inteligência. A ElephantVoices reitera que esses mamíferos são capazes de usar e até de fabricar ferramentas - usando as protuberâncias na ponta da tromba de forma parecida com a que os primatas usam o polegar e os dedos para manipular objetos.

A tromba desses bichos, aliás, é um capítulo à parte. Fusão de nariz e lábio superior, é usada para transportar alimento, cheirar, levantar e analisar objetos, como comenta a bióloga do Zoológico de São Paulo. "Também é utilizada para beber - os elefantes chupam água por ela (até 14 litros de cada vez) e depois a despejam para dentro da boca", diz.

O apêndice também ajuda nas interações sociais - é enrolando a tromba que os elefantes conhecidos se cumprimentam, assim como seres humanos apertam as mãos. O órgão também é usado nos momentos de brincadeiras, nas carícias entre mães e filhos, e até para demonstrar força: "Uma tromba levantada pode ser sinal de aviso ou ameaça, enquanto uma caída pode ser sinal de submissão", revela a especialista.
Empatia

Estudos do córtex cerebral dos elefantes indicam que os animais possuem uma rede grande e complexa de neurônios. Eles também possuem o hipocampo e os lóbulos temporais bem desenvolvidos, o que é compatível com a boa memória que esses mamíferos demonstram ter.

Os cientistas também já identificaram diversos comportamentos dos elefantes que demonstram empatia, como a tendência a ajudar animais com dificuldade para se alimentar ou se locomover, por exemplo. Para a ONG, há indícios até de que os elefantes são capazes de compreender a morte, tanto que realizam uma série de rituais diante do corpo de um membro do grupo, como guardar e cobrir os restos mortais.

A entidade cita, inclusive, um estudo publicado na revista New Scientist, em 2005, em que pesquisadores do Kenya e do Reino Unido descrevem como elefantes ficam agitados e demonstram enorme interesse ao se deparar com caveiras de elefantes, o que não acontece quando os ossos encontrados são de outros animais. Trata-se de um comportamento bem diferente do registrado entre macacos ou leões, que parecem não dar nenhuma importância à morte de companheiros de espécie.