sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O MARAJÁ


28.ago.2012

Cachorro senta nas costas de um búfalo enquanto ele se refresca no rio Ravi, em Lahore, no Paquistão.

Mohsin Raza/Reuters

terça-feira, 28 de agosto de 2012

SÓ SEI QUE NADA SEI


(Foto: Universidade George Washington/Divulgação)
Larva-monstro' possui pele grossa, tamanho arredondado e calombos pelo corpo

28/08/2012
Cientistas descobrem elo entre 'larva-monstro' e espécie de camarão
Animais considerados diferentes são da mesma espécie, diz pesquisador.
'Larva-monstro' foi descoberta há 200 anos e intriga cientistas desde então.


Cientistas da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, descobriram um vínculo entre um animal marinho conhecido como "larva-monstro", cuja origem era um mistério para pesquisadores há quase 200 anos, e uma espécie de camarão.

A larva, chamada de Cerataspis monstrosa, na verdade pertence à mesma espécie do camarão, de nome Plesiopenaeus armatus, segundo o professor de biologia Keith Crandall, da universidade.
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A descoberta foi feita pelo sequenciamento do DNA da "larva-monstro", segundo afirmou o professor para o site da Universidade George Washington. O resultado foi publicado recentemente na revista científica "Ecology and Evolution" ("Ecologia e Evolução", na tradução do inglês).

O mistério sobre a origem da larva começou após o animal ter sido encontrado no estômago de peixes há cerca de dois séculos, sem que desde então fosse encontrada sua fase adulta.

Habilidade
Os cientistas passaram todo o tempo tentando identificar qual seria a fase madura da larva, e não suspeitaram da habilidade do crustáceo em se tornar um camarão com quase nenhuma semelhança com sua fase "monstro", pondera Crandall.

O corpo da "larva-monstro" carrega uma carapaça dura, corpo arredondado e calombos, além de cor laranja com tons roxos. É bem diferente do camarão, vermelho e com uma aparência que lembra a da lagosta, reforça o pesquisador.

Crandall afirma que já havia suspeita de parentesco entre a "larva-monstro" e espécies de camarão. Para o estudo, ele disse terem sido recolhidas dezenas de amostras de crustáceos, cujas sequências de DNA foram comparadas com os genes da larva por anos até que fosse encontrado o parentesco.

"É excitante ter resolvido um quebra-cabeça de 200 anos", disse o professor para o site da universidade. "É um projeto que envolveu sorte, trabalho na comparação de espécies e um bom conhecimento da atuação em campo."


Após decifrar o DNA, pesquisadores descobriram que camarão é a fase adulta da 'larva-monstro' (Foto: Universidade George Washington/Divulgação)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

UM NÓ FATAL






















Eliott Jacobson/Universidade da Flórida/BBC

Cientistas identificam vírus fatal que faz cobras darem nós em si mesmas

16/08/2012

Mal afeta cobras constritoras, como jiboias e sucuris

Um estudo recém-publicado nos EUA identificou o vírus que parece ser o causador de uma doença fatal que afeta cobras em cativeiro, fazendo com que elas deem nós em si mesmas e percam seu controle motor.

O mal, chamado Doença do Corpúsculo de Inclusão Viral (IBD, na sigla em inglês), existe há décadas, mas não tem cura e atinge cobras constritoras como jiboias e sucuris.

Quando doentes, essas cobras passam a adotar um comportamento estranho, como ficar olhando fixamente para o céu, girar e até enrolar-se em nós. E, uma vez que estejam presas em si mesmas, elas não conseguem se desatar. A doença causa problemas respiratórios e uma paralisia muscular generalizada.

Há tempos suspeitava-se que o mal era causado por um vírus, mas até recentemente a natureza da doença era desconhecida. Agora, uma pesquisa feita por cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco, publicada no periódico mBio, acredita ter identificado o vírus, ao analisar amostras tiradas de cobras diagnosticadas com o IBD, usando técnicas de sequenciamento de DNA.

Origens


Em algumas das cobras identificou-se material genético estranho - como ácido nucleico -, parecido com o encontrado em vírus da família arenavírus. Essa família inclui vírus associados à febre hemorrágica em humanos. Mas não há nenhum indício de que esse vírus recém-descoberto possa passar de cobras a humanos.

Os cientistas também conseguiram cultivar o vírus, a partir de amostras tiradas de uma das cobras.

O pesquisador Mark Stenglein, coautor do estudo, disse que "ainda não há evidência formal de que o vírus cause a doença, mas há uma boa correlação (entre o mal e a presença do vírus). Também é possível que outros vírus ou patógenos causem sintomas parecidos".

Os arenavírus podem ser divididos em dois grupos principais, com base na localização das espécies que eles afetam - vírus Novo Mundo vêm das Américas, e vírus Velho Mundo são encontrados na África e na Ásia. Geneticamente, porém, o vírus recém-descoberto é diferente desses dois grupos.

O editor do periódico, Michael Buchmeier, professor de doenças infecciosas na Universidade da Califórnia em Irvine, acredita que os vírus das cobras podem vir de vírus que precederam as ramificações Novo e Velho Mundo.

A nova descoberta segue-se a uma pesquisa semelhante, publicada online em abril de 2012 no periódico Infection, Genetics and Evolution, descrevendo o isolamento de um novo vírus que afeta cobras - este na Austrália -, mostrando sintomas bem parecidos aos do IBD. No entanto, o vírus isolado nesse estudo pertencia a uma família diferente, conhecida como paramixovírus.

Jim Welleham, professor da Faculdade de Veterinária da Universidade da Flórida, autor do estudo do paramixovírus, disse que "a epidemiologia desse vírus é diferente (do IBD)". Mas ele também é fatal. "(O paramixovírus) age rapidamente. Diversas cobras morreram em uma semana."

Contagioso


Não está claro como o vírus do IBD se espalha, mas ele é altamente contagioso entre cobras. Uma possível forma de transmissão é pela inalação - seja diretamente de outra cobra contaminada ou indiretamente, de solo contaminado ou pelo manuseio dos animais.

Por enquanto, a doença parece ser restrita a cobras em cativeiro. Mas alguns cientistas temem que a soltura de cobras criadas cativas possa, inadvertidamente, levar essa doença à natureza selvagem.

Já Wellehan opina que "esses vírus vêm infectando cobras atuais e seus ancestrais por pelo menos 35 milhões de anos. É possível deduzir que cobras selvagens também estão contaminadas".

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

AMIZADE MARSUPIAL

Foto: Reprodução/Wildlife Kilmore Rescue Centre)

Filhotes de canguru e wombat fazem 'amizade' inusitada na Austrália
'Anzac' e 'Peggy' dormem juntos na mesma bolsa.
Animais estão em centro de resgate de animais selvagens.


02/08/2012

Dois filhotes, um de canguru e outro de wombat, viraram atração de um centro de resgate de animais selvagens na Austrália após se tornarem "os melhores amigos", segundo o jornal "Herald Sun".

Órfãos, o canguru chamado "Anzac" e o wombat "Peggy" dormem juntos na mesma bolsa.

De acordo com Lisa Milligan, do centro de animais, os dois filhotes estão desenvolvendo suas próprias personalidades. "Anzac" é mais sociável enquanto "Peggy" é barulhenta e abusada.