segunda-feira, 5 de agosto de 2013

PERDENDO A CABEÇA


11/07/2013

Dupla da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, afirma que a planária, conhecida por suas propriedades regenerativas, também pode ser uma peça importante para o tratamento de doenças cerebrais degenerativas com células-tronco. Após ser decapitado, o pequeno verme não só é capaz de gerar um novo cérebro em 14 dias, como também recupera suas antigas memórias - no experimento publicado no periódico "The Journal of Experimental Biology", a planária achou rapidamente o caminho da comida que ela havia aprendido antes de perder a cabeça Reprodução

Um estudo conduzido por uma equipe de cientistas da Tufts University, de Massachussetts, nos Estados Unidos, destaca a habilidade da planária de manter memórias antigas mesmo após ter sua cabeça decepada e gerar novo cérebro.

A pesquisa foi divulgada na recente edição do "The Journal of Experimental Biology" e, segundo seus autores, pode ter papel importante no entendimento de como funcionam os processos de memorização e aprendizado.

No experimento, os vermes eram colocados em recinto aberto e com luz forte - um ambiente naturalmente evitado pelo animal. Lá, eles eram treinados durante duas semanas para achar o ponto em que o alimento estava armazenado.

Após a retirada das cabeças e da geração de um novo cérebro, as planárias levaram o mesmo tempo observado no treinamento para achar a comida, mostrando que a nova mente havia guardado as memórias antigas. O processo de regeneração da cabeça desse verme, que inclui o novo cérebro, demora 14 dias, o mesmo tempo do treinamento.

Para os pesquisadores, a descoberta indica que a planária armazena informações em outros órgãos além do cérebro ou que, durante o processo de treinamento, as informações são passadas do cérebro para seu sistema nervoso, que as transmite ao novo órgão gerado.

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